Fachadas concebidas para durar: como conceber fachadas ventiladas e contínuas
Como conceber tendo em conta a durabilidade, mas também a segurança durante a manutenção das fachadas.
A envolvente do edifício é o primeiro filtro entre o espaço habitado e o ambiente exterior. Projetá-la bem significa atuar sobre a eficiência energética, a durabilidade, a segurança e a flexibilidade futura do edifício. As fachadas, em particular, devem cumprir múltiplas exigências, tanto durante a construção como ao longo do ciclo de vida da obra. Isto aplica-se a edifícios novos de madeira, aço ou betão, mas também a intervenções de retrofit e requalificação.
Uma tendência crescente é a que requer fachadas de fácil manutenção e, nalguns casos, desmontáveis. A possibilidade de aceder a componentes individuais para os substituir, atualizar ou reutilizar noutro local é uma estratégia de conceção que tem em conta a sustentabilidade, a circularidade e a eficiência.
Fachadas ventiladas, o que são?
Para além de desempenhar uma função decorativa e identitária, a fachada representa uma interface ativa entre o interior e o exterior capaz de regular as trocas de calor, luz e ar, com um impacto direto no conforto habitacional e na eficiência energética global.
Entre as soluções com melhor desempenho neste domínio, encontra-se a fachada ventilada, configurada como um sistema de “chaminé vertical” graças à presença de uma caixa de ar que otimiza o desempenho tanto no verão como no inverno. No inverno, as grelhas de ventilação inferior e superior são fechadas para reter uma camada de ar parado que atua como isolamento adicional, enquanto no verão, as grelhas permanecem abertas para promover a ventilação natural e o arrefecimento passivo, bem como para evitar a evitar a estagnação de água ou a condensação.
As fachadas ventiladas não contribuem para a capacidade portante do edifício nem afetam a sua estabilidade estrutural, desempenhando antes uma função estática independente, transmitindo as cargas diretamente à estrutura principal através de um sistema de ancoragem dedicado.

Raios UV: o inimigo silencioso da fachada ventilada
Um dos fatores mais críticos na conceção de fachadas é a exposição aos raios UV.
Com o tempo, a radiação solar pode degradar as membranas e as fitas de vedação, reduzindo a sua capacidade de proteger o edifício contra infiltrações e humidade residual. Para resolver este problema, precisamos de soluções de impermeabilização e de estanquidade ao ar que tenham demonstrado resistência prolongada, mesmo em condições extremas.
Graças ao projeto MEZeroE e à colaboração com a Universidade Técnica de Cracóvia, as membranas e fitas Rothoblaas foram submetidas a ciclos de envelhecimento acelerado para simular as condições extremas que ocorrem durante a vida útil do edifício.
Os resultados confirmaram a eficácia das soluções testadas:
Para fachadas com junta fechada:
A combinação de TRASPIR EVO 160 e SMART BAND demonstrou uma elevada resistência mecânica, mesmo após 5000 horas de exposição aos raios UV e ao calor. Ausência de falhas funcionais nas juntas.
Para fachadas com junta aberta:
A membrana TRASPIR EVO UV 115, combinada com a fita FLEXI BAND UV, manteve uma variação na aderência inferior a 5%, sem alterações estruturais significativas.
Todos os testes foram realizados tendo em conta a integridade do sistema, e não do componente individual, para avaliar o comportamento da envolvente no seu conjunto, e destacam como as membranas mais estáveis aos raios UV, tal como a TRASPIR EVO UV 115 e TRASPIR EVO 160, oferecem uma proteção eficaz mesmo nas configurações mais expostas.
A combinação com fitas como a FLEXI BAND UV e SMART BAND garante a integridade das juntas, com uma variação mínima na aderência, mesmo após 5000 horas de exposição aos raios UV e a temperaturas elevadas.

Eficiência energética e controlo do fluxo térmico
A fachada ventilada é atualmente uma das soluções mais completas para equilibrar o conforto habitacional, a eficiência térmica e a durabilidade da envolvente. O princípio é simples: uma camada de ventilação permite a saída da humidade e reduz a carga térmica, melhorando o desempenho de todo o edifício. Para garantir o equilíbrio entre impermeabilidade e respirabilidade, devem ser selecionadas membranas e telas com características diferentes, em função da posição no interior do pacote e das condições climáticas.
As membranas TRASPIR asseguram a máxima respirabilidade na parte mais exterior, favorecendo a evacuação do vapor de água. Para aumentar o desempenho da envolvente também em termos de refletividade, as versões ALU oferecem uma camada refletora que ajuda a reduzir o fluxo de calor, tanto no verão como no inverno.
Na parte interior, em climas frios ou húmidos, são utilizadas soluções como BARRIER, VAPOR e CLIMA CONTROL, que limitam a difusão de vapor para o exterior, melhorando o controlo da humidade interior.

Fachadas ventiladas e fachadas contínuas: a ameaça do fogo
Na avaliação da segurança contra incêndios dos edifícios, é essencial analisar a interação entre o fogo, as fachadas contínuas, as fachadas ventiladas e, de um modo mais geral, todos os componentes da envolvente do edifício, com especial atenção aos mecanismos de propagação das chamas e do fumo no interior da estrutura.
No caso das fachadas contínuas, o principal problema reside na conceção e selagem corretas da junta entre a cabeça da laje e o plano da fachada, que, em caso de incêndio, pode tornar-se um ponto vulnerável sujeito ao efeito de chaminé: um fenómeno que empurra os gases quentes e as chamas para cima ao longo do lado interior da envolvente.
As fachadas ventiladas, por outro lado, apresentam um risco intrínseco ligado precisamente à sua configuração: a caixa de ar ventilada que separa o revestimento e o isolamento pode funcionar como uma conduta vertical para a rápida propagação de chamas, fumo e calor. Se não for adequadamente compartimentada, esta cavidade contínua ao longo de toda a altura do edifício pode transformar-se numa verdadeira chaminé, favorecendo a transmissão do fogo de um piso para outro, comprometendo a eficácia das medidas de compartimentação e a segurança global do edifício. Este fenómeno foi observado em numerosos casos reais e representa um risco real, especialmente em edifícios de vários pisos.
Um dos aspetos mais delicados e frequentemente subestimados diz respeito à reação da fachada ao fogo.
Para limitar o risco de propagação, é essencial que os materiais de revestimento e de impermeabilização sejam incombustíveis ou de baixa propagação da chama.
As membranas e fitas Rothoblaas classificadas A2 ou B-s1,d0 – como TRASPIR ALU FIRE A2 430, BARRIER ALU FIRE A2 SD2500, TRASPIR EVO UV 210 e FRONT BAND UV 210 – foram concebidas para oferecer a máxima proteção mesmo em contextos de alto risco.
A combinação de membranas e fitas certificadas permite criar sistemas completos de proteção contra o fogo, capazes de proteger o edifício limitando a propagação de chamas, gases e fumos tóxicos.
Mesmo nos pormenores de construção, é essencial intervir com soluções certificadas: a espuma FIRE FOAM para a selagem de juntas e cavidades lineares, e o selante FIRE SEALING SILICONE, resistente ao fogo e também adequado para fachadas em climas frios, completam o pacote de proteção passiva, juntamente com PANNUS, CULLUM, PANEL e outras soluções para proteger as passagens das instalações.

Manutenção das fachadas: segurança e acessibilidade ao longo do tempo
Todos os edifícios necessitam de manutenção. Se a envolvente não for concebida para poder ser acedida em segurança, os custos e os riscos aumentam. Em contextos mais complexos – como os urbanos ou verticais – as soluções clássicas, como os cestos suspensos (BMU), requerem um espaço considerável e custos elevados. Por esta razão, cada vez mais projetistas e donos de obra optam por incluir nos projetos de fachadas sistemas de carril que integram funcionalidade e discrição estética.
As diferentes configurações do H-RAIL representam uma das soluções mais flexíveis para o acesso em altura e a manutenção das fachadas.
Podem ser instalados em paredes, telhados ou subestruturas (H-RAIL OVERHEAD), adaptando-se a geometrias complexas, curvas ou inclinadas.
A utilização de vaivéns de quatro rodas garante uma movimentação fluida e segura, tanto no modo de contenção como no modo suspenso. A montagem em entre-eixos amplos reduz o impacto visual e simplifica a instalação, enquanto a possibilidade de anodizar ou pintar os componentes em cores RAL permite a integração do sistema no projeto arquitetónico, mantendo a qualidade estética do edifício elevada.
Para conceber fachadas duráveis, resistentes ao fogo e energeticamente eficientes, é necessário um parceiro técnico com uma visão integrada: A Rothoblaas recolheu todas as soluções para fachadas, desde as fixações à proteção contra incêndios até à manutenção segura, numa única brochura.
Consulte-a aqui: https://issuu.com/rothoblaas/docs/fassaden-pt
Reprodução reservada
Technical Details
- Companies:
- MEZEROE
- Country:
- Any
- Produtos:
- BARRIER ALU FIRE A2 SD2500 COLLUM FIRE FOAM FIRE SEALING SILICONE FLEXI BAND UV FRONT BAND UV 210 H-RAIL OVERHEAD PANEL PANNUS SMART BAND TRASPIR ALU FIRE A2 430 TRASPIR EVO 160 TRASPIR EVO UV 115 TRASPIR EVO UV 210